sábado, 19 de março de 2016

Dima Pavlenko, de 9 anos, costumava ter tudo o que uma criança feliz pode desejar: uma casa aconchegante, pais amorosos, uma avó coruja e uma irmã legal. Mas, num dia horrível, a alegre casa desta família foi destruída e desapareceu num piscar de olhos.
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A guerra irrompeu na Ucrânia. A família de Dima se mudou para a casa de sua avó, pois o porão de lá era maior e mais confortável para abrigar todo mundo durante os bombardeios. Até mesmo ir ao quintal era perigoso. "Eu notei como, de repente, o meu filho amadureceu. Ele antes ficava sempre jogando jogos de computador mas, quando a guerra começou na cidade, ele se tornou sério e responsável, e nunca saia do lado de sua irmã. Se precisávamos ir no quintal, ele insistia em ir primeiro para olhar ao redor", diz o pai de Dima.
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Porém, naquele dia, ninguém poderia ter previsto a tragédia que se aproximava. Lá fora, tudo ainda estava calmo, não se ouviam os sons da guerra. As crianças, Dima e Lera, podiam finalmente sair para brincar no quintal. Respirando o ar fresco, os dois corriam e sorriam. Lera estava distraída quando, de repente, ouviu seu irmão gritando: "Cuidado!!!". Dima viu a bomba vindo. Ele empurrou sua irmã para o chão e a cobriu com o seu próprio corpo, esquecendo da sua própria segurança. A violenta explosão aconteceu um segundo depois.
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O pai de Dima correu para o jardim. No trajeto, ele ouviu os gritos desesperados de seu filho. "Eu fui correndo e vi que sua perna tinha sido quase completamente arrancada... estava pendurada, em frangalhos", diz o pai. Entre gritos de dor, Dima perguntava insistentemente: "Ela está viva? Ela está respirando? Ela está viva?". Enquanto sangrava, o menino não parava de perguntar sobre sua irmã mais nova. E, graças à ele, ela não morreu.
O tio de Dima também correu para o quintal e "amarrou" a perna do menino com um pedaço de roupa. A família levou as crianças para o hospital. No carro, Dima não parava de dizer o nome da irmã. Ele estava perdendo muito sangue e ficando cada vez mais pálido. Alguns minutos depois, ele perdeu a consciência. Quatro médicos tentaram desesperadamente para salvar a sua vida. O cirurgião Vladimir Streltsov confessou que, nos 12 anos que pratica medicina, nunca tinha visto uma história como esta.
Todos no hospital rezaram por este pequeno guerreiro: médicos, enfermeiros, funcionários e pacientes. Os médicos explicaram aos pais de Dima que, se eles tentassem salvar a perna, havia uma chance de uma infecção se espalhar para o resto do seu corpo. A única coisa a fazer era amputá-la.
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Quando o menino finalmente acordou, seus pais foram autorizados a ir para o seu quarto. Com medo, o pai tentou preparar o seu filho para a notícia devastadora de que havia perdido a perna. "Pai, eu já estou crescido", disse Dima. "Eu entendo. Quando é que vamos para casa?".
Seu pai olhou para longe, tentando esconder as lágrimas em seus olhos. A família Pavlenko já não tinha uma casa para onde voltar, ela havia sido bombardeada.
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Mas a história de Dima não passou despercebida. Quando a notícia de que o garoto precisava de uma prótese se espalhou, as pessoas começaram a doar dinheiro para ele. Em apenas 3 dias, eles já tinham a quantia suficiente! Gente de toda parte sentiu compaixão por este pequeno herói. "Agora vamos orar por essas pessoas todos os dias", disse a família. "Eles oram por Dima, nós oramos por eles".
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Em Mariupol, cidade natal de Dima, muitas pessoas inundaram seu quarto no hospital com presentes e brinquedos. Além disso, a família Pavlenko recebeu um novo lar. Eles não poderiam estar mais agradecidos.
Dima agora já anda com sua nova perna protética, que foi feita sob medida. Ele está na fase final de adaptação e segue fazendo reabilitação no hospital. Os médicos dizem que, em breve, o garoto será capaz de correr e poderá voltar para sua vida normal.
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Como pode uma criança tão pequena ter tanto altruísmo, bondade e coragem dentro do seu coração? Este menino enfrentou, de cabeça erguida, situações que teriam derrotado a maioria dos adultos. Se Dima também se tornou um exemplo para você, compartilhe esta história com seus amigos. Ele merece uma salva de palmas!

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